Evolução do Automóvel
Beatriz Almeida
| 04-03-2025

· Equipe de Veículos
A invenção do automóvel, um veículo leve e autopropelido com rodas, não teve início em sua forma atual.
O desenvolvimento dos carros passou por um longo processo. Mais de 100 anos de contínuas melhorias e inovações incorporaram a sabedoria e a habilidade humanas.
Ele se beneficiou do apoio de diversas indústrias como petróleo, aço, alumínio, produtos químicos, plásticos, máquinas, eletricidade, redes viárias, eletrônicos e finanças, impulsionando seus avanços. Os carros evoluíram para diversas formas e especificações, amplamente utilizados em múltiplos campos da vida socioeconômica. Desde 1970, o número global de veículos quase dobrou a cada 15 anos, com uma produção mundial de 87,38 milhões em 2013. A primeira mudança significativa na indústria automotiva foi a introdução da produção em linha de montagem nos Estados Unidos, o que revolucionou tudo. Henry Ford introduziu o primeiro modelo produzido em massa, o Ford Model T, em 1908. Em 1914, a produção anual de automóveis nos Estados Unidos atingiu 485.000 unidades, com mais de 200.000 sendo Ford Model Ts. Em contraste, a produção total de quase 150 fabricantes de carros na França era de apenas 45.000 unidades.

Eventualmente, a produção total do Ford Model T alcançou impressionantes 16,8 milhões de unidades. Sem dúvida, Henry Ford percebeu antes do que os outros que os carros não eram apenas novidades para os ricos, mas uma ferramenta prática acessível a inúmeras famílias. A indústria automobilística da França ainda não havia se modernizado naquela época, mas o número de fabricantes de carros explodiu: em 1915, a França tinha mais de 150 fabricantes de carros. Em 1912, André Citroën viajou para os Estados Unidos e ficou fascinado com a fabricação avançada em linha de montagem. Ele buscou se tornar o Henry Ford da França. Em 1919, Citroën lançou o carro Tipo A com produção em linha de montagem, acelerando a indústria automobilística. Na década de 1920, o setor de manufatura automotiva se tornou um impulsionador crucial do crescimento econômico global. Na década de 1930, os Estados Unidos e a Europa produziam anualmente 5 milhões de carros, mas a indústria estava um tanto fechada. Em 1960, um jogador inesperado entrou no acirrado mercado automobilístico internacional e mudou profundamente sua paisagem: o distante Japão. O progresso foi rápido: em 1962, carros japoneses inundaram o mercado global, produzindo mais de 1 milhão de veículos naquele ano, uma conquista incrível!
Em menos de cinco anos, a produção de carros do Japão dobrou, ultrapassando a Itália e desafiando a França, que produzia 1,5 milhão de carros anualmente. Outro sinal significativo daquela época foi que, enquanto os Estados Unidos permaneciam o maior produtor de carros, seu crescimento estagnou, permitindo que a Alemanha, com uma leve vantagem, se tornasse o segundo maior fabricante de automóveis do mundo, em pé de igualdade com a Grã-Bretanha, produzindo 1,8 milhão de carros anualmente. Como um ciclista se posicionando no pelotão principal antes de uma arrancada, testemunhamos a ascensão do Japão para o grupo de elite de 1963 a 1966. Em 1967, o Japão se tornou o segundo maior fabricante de carros do mundo.
Uma vez ridicularizados e descritos como "produtos inferiores do Japão", os carros japoneses já eram reconhecidos por sua excelente qualidade a preços acessíveis. Revisando a história da indústria automobilística do Japão, Toyota, Honda e Nissan sempre foram seus pilares. Eles investiram lucros substanciais em pesquisa de tecnologia automotiva e continuamente melhoraram suas ofertas de produtos. Além disso, seu sistema de inovação tecnológica diversificado, envolvendo empresas de componentes, universidades e organizações industriais, tornou-se fundamental para impulsionar a competitividade abrangente.