Branca de Neve
Beatriz Almeida
Beatriz Almeida
| 25-04-2025
Equipe de Anime · Equipe de Anime
O clássico de 1937 "Branca de Neve" é frequentemente aclamado como um dos maiores filmes animados de todos os tempos.
Uma história atemporal que influenciou a indústria por quase um século. Afinal, quem nunca assistiu a ele? No entanto, o remake live-action de 2025 dirigido por Marc Webb gerou polêmica ao tentar atualizar a história para se alinhar com sensibilidades modernas.
A reimaginação falhou em encontrar o equilíbrio certo ao abordar questões sociais, resultando em uma adaptação insossa. A abordagem da Disney em reviver os clássicos antigos através de remakes live-action geralmente envolve manter a história central enquanto explora novos elementos. Enquanto tentativas passadas, como "A Pequena Sereia," alcançaram um certo grau de sucesso ao revisitar temas, o "Branca de Neve" de Webb estava fadado ao fracasso desde o início. Os Sete Anões foram redesenhados para evitar ofender qualquer grupo, com a protagonista, interpretada por Rachel Zegler, transformada em uma líder progressista que se opõe à tirania da Rainha Má através da compaixão e bondade. O filme lutou para estabelecer sua identidade, optando por uma moralidade simplista que não conseguiu ressoar com o público.

Em Busca de Magia

"Branca de Neve" é um filme visualmente desequilibrado e controverso. Enquanto as atuações dos atores principais, Zegler e Gal Gadot, são louváveis, a estética geral do remake falha em capturar a qualidade encantadora do original. Os figurinos elaborados e os cenários parecem artificiais, faltando a autenticidade necessária para transportar os espectadores para um mundo de conto de fadas. A direção artística do filme vacila entre replicar fielmente o clássico e se aventurar em território desconhecido, acabando por não oferecer nada de novo. A dependência de elementos narrativos e estéticos emprestados, como a dinâmica de relacionamento e pistas visuais reminiscentes de outros contos de fadas, priva o remake de originalidade. Os personagens em CGI, especialmente os Sete Anões, são bem-renderizados, mas perturbadores, se desviando do charme sinistro da animação de 1937.
Em conclusão, "Branca de Neve" (2025) é um amontoado conceitual e estético, com CGI tecnicamente competente, porém emocionalmente distante. A adaptação de Webb falha em recriar a mistura cativante de fantasia e horror que tornou o original atemporal.
O resultado final é uma interpretação rasa e pouco inspirada de um clássico amado, faltando a coragem e o espírito que ela buscou transmitir.