Transporte do futuro é aqui
Beatriz Almeida
| 31-10-2025

· Equipe de Viagens
O transporte desempenha um papel vital no desenvolvimento econômico das nações.
No entanto, o rápido crescimento das populações urbanas e da posse de automóveis tem levado a congestionamentos cada vez mais graves nas grandes cidades.
Para mitigar esse problema, os governos investem quantias substanciais de dinheiro todos os anos na construção de rodovias e na implementação de dispositivos de segurança no trânsito, os quais têm obtido algum sucesso na redução dos congestionamentos.
No entanto, com o crescimento contínuo da demanda por transporte e a crescente complexidade dos sistemas de mobilidade, torna-se cada vez mais desafiador enfrentar eficazmente os problemas de tráfego apenas por meio da expansão de rodovias.
Além disso, a operação diária do transporte público evidencia questões como excesso de velocidade, sobrecarga operacional e desvios não planejados. Para enfrentar esses desafios, é essencial alcançar uma gestão padronizada e automatizada dos ônibus, o que exige a criação de um centro de comando de tráfego.
Esse centro não apenas melhoraria o ambiente geral do trânsito, mas também aumentaria a eficiência na utilização dos recursos de transporte, garantindo segurança e fluidez nas vias.
Simultaneamente, é crucial fortalecer a gestão dos ônibus, otimizando redes de linhas e ajustando trajetos para reduzir o ciclo de operação de rotas excessivamente longas.
Muitos países europeus implementaram com sucesso medidas como semáforos com prioridade para ônibus e sistemas inteligentes de monitoramento e programação de linhas. Essas iniciativas melhoraram a velocidade e a qualidade do serviço, atraindo o público para optar pelo transporte coletivo como alternativa viável.
Consequentemente, isso tem aliviado significativamente a pressão do tráfego urbano, gerando benefícios sociais e econômicos consideráveis. Na Europa, viajar de trem é amplamente considerado o meio de transporte mais confortável e conveniente.
Viajar de trem permite aos passageiros contemplar a impressionante beleza de diversos países europeus. Percorrer cidades históricas, atravessar vales e até passar pelos Alpes cobertos de neve proporciona cenários inesquecíveis e deslumbrantes.
Entre as inúmeras rotas ferroviárias europeias, o Bernina Express, que parte de Chur, na Suíça, e atravessa os Alpes até Tirano, na Itália, destaca-se como uma opção excepcional.
A Europa possui um sistema de rodovias altamente desenvolvido, permitindo conectividade perfeita entre os países. Sinais uniformes, como Europa 1 (E1) e Europa 2 (E2), facilitam o deslocamento ao eliminar fronteiras, exigências de visto e pedágios.
Esse sistema harmonioso incentiva o fluxo descomplicado de pessoas e mercadorias entre os países da União Europeia (UE). Em consonância com seu compromisso de reduzir as emissões de carbono, a UE pretende atingir uma redução de 90% no setor de transporte até 2050.
Para alcançar esse objetivo ambicioso, foram lançadas diversas políticas para promover a transformação verde e digital do sistema de transporte, buscando criar uma rede de mobilidade sustentável e inteligente.
Atualmente, grande parte do transporte de cargas internas na Europa depende de rodovias, contribuindo para congestionamentos graves e poluição do ar. Para enfrentar esse problema, a UE propõe transferir 75% do tráfego de cargas para o transporte ferroviário e hidroviário interno.
Além disso, planeja eletrificar 95% dos serviços de passageiros e quase 90% dos trens de carga até 2050.
De acordo com essa estratégia, a futura indústria de transporte na UE deve buscar a eliminação de poluição no ar e na água. Isso pode ser alcançado por meio da criação de portos limpos, implementação de zonas de controle de emissões e integração de vias navegáveis e transporte ferroviário em uma rede abrangente.
Além disso, a UE visa construir aeroportos com emissão zero e reduzir a concessão gratuita de cotas de emissão de carbono às companhias aéreas, diminuindo assim a pegada de carbono do setor de aviação.