O segredo da Ópera de Sydney
Rafael Oliveira
| 31-10-2025

· Equipe de Ciências
A Casa de Ópera de Sydney (Sydney Opera House) foi inscrita na lista do Patrimônio Mundial em 2007. A UNESCO a descreveu como "uma grande obra arquitetônica do século XX".
A Ópera de Sydney, com seu icônico teto em forma de velas, é um símbolo da cidade e da Austrália, comparável em importância às Pirâmides do Egito e à Grande Muralha da China.
Era para ser um momento que teria emocionado profundamente Jørn Utzon (1918-2008), o brilhante e poético arquiteto da Ópera de Sydney.
A aura extremamente especial da casa de ópera é inegável hoje, mas em 1973, quando foi inaugurada pela Rainha Elizabeth II, o impressionante edifício era alvo de grande controvérsia.
Atualmente, entre os 1,2 milhão de pessoas que compram ingressos para os shows da Ópera de Sydney, para prestar homenagem a essa maravilha arquitetônica, poucos imaginariam que o arquiteto visionário havia sido rejeitado pelo governo que o havia escolhido para projetar o edifício.
A história é triste, mas, diante do esplendor da Ópera de Sydney, é necessário relembrar.
Tudo começou de forma promissora em 1957, quando o projeto de Utzon conquistou o prêmio principal entre 233 concorrentes em um concurso internacional promovido pelo governo de Nova Gales do Sul para selecionar o designer de uma casa de ópera no local de um depósito de bondes voltado para o Porto de Sydney.
No final do século XX, a convite da Ópera de Sydney, Utzon apresentou um novo projeto para sua obra-prima arquitetônica na orla de sua ilha natal, Maiorca, com o objetivo de melhorar, entre outras coisas, o saguão da Ópera de Sydney.
Hoje, o impressionante edifício de Utzon está mais bonito do que nunca. Tivemos o prazer de atravessar seu magnífico teto, onde as ondulantes telhas suecas em tom creme brilham e adornam a concha de concreto armado do telhado, cada uma com uma forma geométrica diferente e engenhosidade única.