Você está esperando seu carro. Confere o telefone — ele chega em dois minutos. Um carro branco e elegante para na sua frente, a porta se abre… mas não há motorista.

Apenas bancos vazios, iluminação suave e uma voz dizendo: "bem-vindo. Por favor, coloque o cinto."

Falamos sobre carros sem motorista há anos. Mas aqui está a surpresa: eles já estão operando em cidades reais, com passageiros de verdade, neste exato momento.

Waymo nos EUA – a revolução silenciosa

Em lugares como Las Vegas e São Francisco, os táxis totalmente autônomos da Waymo circulam diariamente, sem motorista de segurança ao volante. Você os reserva como um Uber — mas, uma vez dentro, é tudo controlado por tecnologia.

Os carros usam uma combinação de sensores, lidar, radar e câmeras para “enxergar” o ambiente. Param em semáforos vermelhos, evitam pedestres atravessando fora da faixa e até encostam para veículos de emergência.

O mais impressionante é como tudo parece... normal. As pessoas fazem compras, vão para o trabalho ou levam os filhos à escola — em um carro que dirige sozinho.

A Waymo expandiu seus serviços para partes de Los Angeles e Austin, visando uma implantação em larga escala nos próximos anos. A tecnologia não é perfeita, mas a avaliação tem sido majoritariamente positivo — especialmente de quem diz se sentir mais seguro sem um motorista humano.

Cruise nos Emirados Árabes Unidos – um tipo diferente de test drive

Em 2023, Dubai se tornou uma das primeiras cidades fora dos EUA a lançar oficialmente táxis sem motorista, graças a uma parceria com a Cruise, empresa de veículos autônomos apoiada pela GM.

O plano? Ter 4.000 veículos autônomos em operação até 2030.

Atualmente, eles estão em fase piloto, operando em zonas controladas com suporte de segurança. Os carros são elétricos, limpos e otimizados para o tráfego urbano.

E, diferente de algumas cidades ocidentais onde a aceitação pública é mista, a implantação em Dubai foi recebida com grande entusiasmo, graças em parte à infraestrutura robusta e políticas digitais favoráveis.

O que torna esse projeto especial não é apenas a tecnologia — é a integração com o planejamento urbano, onde ruas, semáforos e sistemas de dados são projetados para suportar a automação desde o início.

Por que ainda não é em todo lugar

Se tudo isso é tão incrível, por que ainda não estamos todos usando táxis sem motorista?

Alguns motivos:

• a regulamentação ainda está se adaptando. Muitas cidades não permitem operações totalmente autônomas;

• situações extremas — cenários de estrada estranhos, motoristas imprevisíveis ou pedestres inesperados — são difíceis para a IA lidar;

• a confiança do público leva tempo. Mesmo com bons registros de segurança, as pessoas ficam nervosas sem alguém ao volante.

Ainda assim, cada viagem de teste bem-sucedida aumenta o impulso. E, em lugares onde a implantação é feita com cuidado, a curva de aprendizado é rápida.

E agora, o que vem por aí?

Espere ver mais cidades adotando silenciosamente a autonomia, especialmente em locais com estradas abertas, infraestrutura inteligente e forte apoio a políticas tecnológicas.

O sonho não é apenas conveniência — também envolve reduzir acidentes, cortar emissões e tornar o transporte mais acessível para quem não pode dirigir.

E, claro, podemos sentir falta das conversas rápidas com os motoristas. Mas, sinceramente? A maioria de nós está satisfeita apenas curtindo a viagem, mexendo no telefone e deixando o carro fazer seu trabalho.

Então, da próxima vez que você estiver preso no trânsito, imagine um futuro em que ninguém está dirigindo — e ainda assim tudo funciona.

Em algumas cidades, esse futuro já chegou.